Produção






PRESERVAÇÃO E MEMÓRIA: O TRATAMENTO DO ACERVO DA CASA DE

SAÚDE DE SANTA MARIA (RS)

ORIENTADOR: ROSELAINE CASANOVA CORREA (casanova@unifra.br) / História/Centro Universitário

Franciscano (UNIFRA), Santa Maria - RS

ADRIÉLI EDUARDA CASTRO GOMES GABARDO (duda_eg@yahoo.com.br) / História/Centro Universitário

Franciscano (UNIFRA), Santa Maria - RS

Palavras-Chave:

CASA DE SAÚDE; ACERVO; HIGIENIZAÇÃO

O projeto supracitado é oriundo de uma parceria entre o Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e a

Casa de Saúde. Tal projeto objetiva a higienização, o acondicionamento e a organização do acervo da Casa

de Saúde, que contém prontuários, ficha de internação e livros de registros de enfermidades, com nome do

paciente, idade, moléstia, data de internação e alta médica. Até o momento foram encontrados inúmeros

desses livros, datados desde a fundação dessa instituição de saúde. Vale ressaltar que a Casa de Saúde foi

inaugurada em 24 de abril de 1932, sob a denominação de Casa de Saúde da Cooperativa. A Cooperativa

dos Empregados da Viação Férrea foi fundada em 1913, tendo como seu primeiro diretor o Doutor Manoel

Ribas. A Cooperativa, além de preocupar-se com a rede de armazéns da Viação Férrea, esteve presente na

área educacional e na área de Saúde. Localizada ao pé da serra, seu primeiro bloco foi inaugurado em 1931,

a Capela Mortuária em 1965, e seu segundo bloco em 1966. As famosas janelas basculantes foram retiradas

em 1973 e em 2004 foi construído um novo bloco. Inicialmente a Casa de Saúde destinava-se a atender os

funcionários da Viação Férrea, com qualificado corpo medido e serviço farmacêutico. Primeiramente dirigida

pelas Irmãs do Imaculado Coração de Maria, desde 2010 passou a ser conduzida pela Associação

Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas). Tal gestão administrativa é oriunda de um convênio entre a

Prefeitura Municipal de Santa Maria e a Sefas. Situada à Rua Ari Lagranha Domingues, 188, no Bairro Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro, em Santa Maria (RS), a Casa de Saúde passou a dar atendimento a pessoas

carentes, tendo, nos últimos anos, quase sido fechada por abandono e falta de condições de atendimento e

trabalho. Tudo isso torna a documentação do hospital única para entender não apenas a saúde das pessoas

aí atendidas, mas também os modelos de assistência e o impacto deste centro de atendimento na região

central, em uma época em que a malha ferroviária era fundamental para todo o interior do estado. Em outras

palavras, este é também um projeto de salvamento da história e da memória da Casa de Saúde. O curso de

História da UNIFRA está apto a fornecer profissionais e estudantes para trabalharem neste projeto, com

processos de higienização e resguardo das coleções. O interesse em formar alunos com experiência na

recuperação de acervos, como, igualmente, em pesquisar em história da saúde, abre espaço para motivar e

inserir acadêmicos neste trabalho. Além disso, a grande quantidade de cursos da área da saúde existentes

na UNIFRA também se beneficiaria da recuperação desta memória. Isso posto, salienta-se a colaboração

efetiva dos internos da unidade 160, intitulada Unidade de Desintoxicação, composta de 27 leitos destinados

ao atendimento de adolescentes (de ambos os sexos) usuários de crack. A unidade possui, em agosto de

2011, 09 meninos e 10 meninas internos, de 13 a 29 anos de idade. Desses, 07 adolescentes são menores

de idade e todos eles são oriundos da região centro do estado. Do total de internos na Unidade de

Desintoxicação, 03 colaboram de forma intercalada no projeto de extensão na Casa de Saúde. Isto significa

que há uma rotatividade permanente de adolescentes internos que compõem a equipe de salvaguarda do

acervo supracitado, escolhidos entre os demais pelo psicólogo e pelo enfermeiro chefe que os atende. O

processo de preservação dos documentos do Hospital Casa de Saúde, iniciou seus trabalhos efetivamente

no mês de julho de 2011, com a higienização dos livros. Faz-se uso, para esta etapa preliminar de

higienização dos livros, de luvas de elastano, máscaras cirúrgicas e um pincel. Ou seja, com o uso de pincel

foi removido o pó e a sujidade superficial. Após a higienização preliminar de remoção do pó e da sujeira

superficial, os livros são levados para a sala de arquivo médico, onde é realizada a segunda parte da

higienização. Tal etapa compõe a remoção das sujidades mais profundas do objeto, utilizando um bisturi, um

instrumento com ponta, um pincel, lupa, luvas e máscara cirúrgica. Após a higienização mais detalhada do

livro, higieniza-se a capa, com uma escova macia, detergente neutro, um pano de algodão e um secador de

cabelos. Por último, é escrito com lápis 6B no canto inferior esquerdo da capa, um número de registro. No

Livro de Registro é anotado o número de registro adotado, as características e funções do livro e a data

inicial e final do mesmo. Atualmente encontram-se higienizados nessa primeira fase de trabalho, 07 livros.

Tendo higienizado e registrado 04 exemplares, livros como de registro de pacientes do ano de 1932, livros de

despesas de pacientes e livros com informações sobre a farmácia do hospital, contendo a medicação, seu

valor na moeda da época e o nome do médico responsável por cada paciente. Isso posto, ratifica-se a

importância da salvaguarda do acervo mencionado, tanto para a Casa de Saúde, quanto para os

pesquisadores e a comunidade como um todo.

REFERÊNCIAS:

José Pacheco de Abreu; Guia Geral do município de Santa Maria; Porto Alegre (RS); s. n.; 1962.

FERREZ DODD, Helena; BIANCHINI HELENA, Maria. ; Thesaurus para Acervos Museológicos; Rio de

Janeiro; Fundação Nacional Pró-Memória; 1987.

FOLETTO, Vani Terezinha [et al.]; Apontamentos sobre a história da arquitetura de Santa Maria; Santa

Maria; Pallotti; 2008.

Serviço de Documentação da Marinmha do Brasil; Manual de higienização e acondicionamento do acervo

museológico do SDM; Rio de Janeiro; Serviço de Documentação da Marinha; 2006.

SOUZA, Ubaldina Souza e; A Casa de Saúde agora é nosso compromisso; Casa de Saúde; 1; 2-8; 2010






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ENTRELAÇANDO MEMÓRIAS:
A CASA DE MEMÓRIA EDMUNDO CARDOSO (CMEC)
SANTA MARIA (RS) 1


CHAVES, Marjana Feltrin; TEIXEIRA, Antônia Dias da Costa 2;
CORRÊA, Roselâine Casanova3

1 Projeto de Extensão “Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC): a arte de salvaguardar
coleções museais (Santa Maria-RS)”, UNIFRA2 Bolsista e voluntária do Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS, Brasil
3 Professora Orientadora do Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS, Brasil
E-mail: marja_gnr@hotmail.com; casanova@unifra.br

RESUMO

As atividades do Projeto de Extensão intitulado Casa de Memória Edmundo
Cardoso (CMEC): a arte de salvaguardar coleções museais (Santa Maria-RS) iniciou em 22
de março de 2010, com reuniões entre a bolsista; a professora orientadora do projeto e as
responsáveis pelo museu, senhoras Gilda May Cardoso Santos e Therezinha de Jesus Pires
Santos. Está-se elaborando a documentação do acervo, baseada nas normas vigentes
acerca da museologia. Foram determinadas as formas de aquisição, numeração, marcação,
higienização, catalogação e acondicionamento das peças, tendo em vista que para cada tipo
de objeto são feitos procedimentos distintos. Além de outras coleções, a casa dispõe de um
acervo fotográfico vasto, atualmente sendo higienizado, acondicionado e armazenado no
Banco de Dados, pela bolsista Marjana Feltrin Chaves. As demais coleções estão sendo
tratadas pela acadêmica Antônia Dias da Costa Teixeira.

Palavras-chave: Museu; Acervo; Coleções.

1. INTRODUÇÃO
O acervo mencionado está situado na residência da família de Edmundo Cardoso, na
Rua Pinheiro Machado, nº. 2712 em Santa Maria/RS. A execução do projeto se dá pela
parceria entre a Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC) e o Curso de História do
Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Visa à preservação da memória e a conservação do trabalho iniciado por Edmundo Cardoso (1917-2002), que ao longo de sua conservação do trabalho iniciado por Edmundo Cardoso (1917-2002), que ao longo de sua
trajetória de agitador cultural foi jornalista, memorialista, teatrólogo e pesquisador.

As coleções do acervo são vastas e reúnem material bibliográfico, anuários, revistas,

jornais, documentos antigos, recortes de jornais, relatórios, mapas, álbuns, fotografias,

pinturas, filmes, vídeos e slides. Tais coleções estão sendo classificadas conforme sua

tipologia, sendo elas: madeira, metal, ferro, vidro, cerâmica, tecido, couro, gesso, papel,

filmes e plásticos.

A ênfase dada ao devido trabalho consiste na descrição das medidas de conservação,
prevenção e manutenção dada ao acervo. Ressaltando as técnicas de higienização,
acondicionamento, catalogação e armazenamento das peças, de acordo com seu gênero.
Isso posto, conclui-se que a metodologia de trabalho será exposta juntamente à descrição da
musealização das peças tratadas.

2. ACONDICIONAMENTO, CATALOGAÇÃO E ARMAZENAMENTO
Este item dedica-se a esboçar as formas de acondicionamento, catalogação e
armazenamento dos objetos referentes a metais, cerâmica, couro, gesso, madeira, plástico e
vidro. Portanto, os objetos são acondicionados em embalagens de TNT, que são
confeccionadas por meio de uma máquina de costura, de modo a cobrir totalmente as peças.
Essas embalagens são vedadas com barbante cru, para evitar o contato com o ambiente
externo.

Os objetos são catalogados no Livro de Registro, que contém 100 folhas numeradas,

suas folhas são rubricadas pelo responsável do registro e pela coordenadora do museu,

Therezinha de Jesus Pires Santos. O registro inicia-se no reverso da 1ª. página e na página

2, ocupando toda a largura do livro quando aberto. Para a numeração do acervo, foi adotado

o sistema alfa numérico, uma vez que por intermédio dele podem-se preservar duas ou mais
informações: a sigla do museu, o número de registro do objeto e o seu desdobramento.
Exemplo: a numeração de um açucareiro ficaria assim -CMEC001, a tampa do açucareiro
seria o desdobramento e receberia o número -CMEC001. 1.
A marcação permanente desta numeração nas peças do museu deve ser feita, com
algumas exceções, no próprio objeto, de preferência nas partes inferiores, no suporte, no
reverso ou em etiqueta. Com o uso do lápis macio (6B), tinta nanquim ou tinta a óleo na cor
preta ou branca e, posteriormente, uma camada de verniz protetor transparente, para maior
duração da marca. Isso tudo, claro, depende da composição e do tipo do objeto a ser preparado para compor a Reserva Técnica da CMEC, de forma segura e dentro das preparado para compor a Reserva Técnica da CMEC, de forma segura e dentro das
delimitações museológicas específicas. Como este processo ainda está no início, optou-se
por primeiramente fazer-se uma marcação provisória, com lápis 6B, em etiquetas de
joalheiro, contendo uma etiqueta dentro da embalagem e a outra preza no barbante. Até o
momento foram acondicionadas 200 peças.

Os objetos, após passarem pelo processo de higienização, acondicionamento e
catalogação, são devidamente armazenados na Reserva Técnica. Orienta-se para que a RT
seja constantemente inspecionada, de maneira a garantir o bom estado das peças. Isso
porque os ambientes museais também são vulneráveis a ações do tempo (umidade,
mudanças bruscas de temperatura), de sujidades e de insetos. Principalmente acerca da
ação dos insetos, há que se terem cuidados especiais, pois,

[...] podem ser problemáticos para os acervos, entre eles os besouros,
mariposas, cupins, baratas e traças. Alguns voam, outros rastejam, e eles
têm ciclos de vida diferentes e são de espécies e tamanhos diferentes
(MENDES, 2001, p. 15).

Existem medidas profiláticas, que coíbem a infestação de insetos na Reserva Técnica
(RT), sendo uma delas a colocação de pequenos sacos de TNT contendo folhas de cânfora
(que exala um forte cheiro, ao qual os insetos são sensíveis) em granulado em seu interior,
impedindo assim, que os insetos se aproximem.

3. FOTOGRAFIAS
O acervo consta de aproximadamente cinco mil fotografias, com temáticas amplas,
que em sua maioria exprimem a história de Santa Maria. São de suma importância para a
pesquisa acerca do município de Santa Maria e região. Serve igualmente para uma maior
compreensão e entendimento diversos assuntos, como religiosidade, política, economia,
vida cultural e expressões artísticas. Quanto às imagens fotográficas, segundo Burke (2004,

p. 236-238) o testemunho das imagens necessita ser colocado no ‘contexto’, ou melhor, em
uma série de contextos no plural cabendo ao historiador e aos pesquisadores e da CMEC
passam por processos de intervenção, tais como a classificação das mesmas pela temática
a qual estão inseridas (conforme citado anteriormente). Após essa previa separação, as
imagens são higienizadas. Tal higienização consiste na limpeza química e/ou mecânica,
variando de acordo com as especificidades e condições que o material se encontra.

A limpeza mecânica consiste na remoção das sujeiras superficiais tanto da
base quanto da emulsão. Neste caso, utilizam-se pincéis macios para não
provocar abrasões nas superfícies ou pó de borracha. A limpeza química é
feita para a remoção de resíduos de colas, fitas adesivas, etiquetas, tintas,
grampos, clipes, excrementos de insetos e outros tipos de substâncias
alheias à superfície original da imagem (FELLIPI, 2002, p. 97).

Na limpeza química, usa-se frequentemente a cola metil celulose para a remoção
dos ‘corpos estranhos’ contidos na fotografia.

Ao término da higienização, são confeccionados envelopes de pH neutro,
comportando a dimensão total da imagem, que varia entre 30x24cm até 5x4cm. Estes
envelopes são produzidos manualmente, com uma superfície emborrachada especializada
ao corte, que é realizado com uso de estilete e uma régua própria em metal. É importante
ressaltar que estes envelopes cobrem totalmente a imagem, para que não ocasione o
contato delas com agentes externos, que podem vir a deteriorá-las.

Já a identificação da imagem é realizada de forma superficial, apenas com o título da
imagem, escrito com lápis 6B na parte frontal superior esquerda do envelope. E são
armazenadas em caixa de pH neutro e postas no armário de aço contra incêndio, para maior
proteção.

Após o termino dos processos devidos, parte-se para o Banco de Dados. Nele são
depositadas todas as fotografias e inseridas as seguintes informações: número (escrito com
lápis 6B na parte frontal inferior direita do envelope, que serve para facilitar o acesso);
código de referência (BR CMEC AF 01, ou seja: Brasil, Casa de Memória Edmundo
Cardoso, Acervo Fotográfico, número); título; autor; classificação; dimensão; coleção;
espécie documental; assunto; suporte; data; cromia; data imprecisa; características físicas;
local retratado; procedência; pessoas; acondicionamento; eventos; publicação; prédio;
original/negativo; existência e localização da original/negativo e cópias; descrição; hiperlink
e imagem.

Esse dispositivo facilita a pesquisa, a conservação e a durabilidade das fotos, pois as
mesmas também são escaneadas, não havendo a necessidade de contato com as fotos
originais. Já foram devidamente armazenadas no Banco de Dados 400 fotografias, divididas
por temas diversos.

4. METAIS 4. METAIS
O acervo abarca peças em diferentes tipos de metais, tais como: ferro, cobre, prata,
bronze, aço, alumínio. Na maioria das vezes, estes objetos são lavados, secados com
secador e passa-se após um óleo mineral. Os metais distinguem-se em brancos e dourados
e, a cada um cabe à devida solução química no ato da higienização.

No caso de armas, como por exemplo, a espada, procede-se da seguinte maneira,
quanto à higienização:

Limpeza da lâmina:

1. Dá-se o acabamento com lixa de água;
2. Retiram-se os resíduos de ferrugem;
3. Aplica-se óleo mineral.
Limpeza pesada do punho

1.
Com o auxílio de uma flanela, estopa ou escova dental, fricciona-se a pasta
de polir branca para remover o excesso de oxidação da peça;
2.
Faz-se uma solução de 1/10 de água e detergente concentrado neutro tipo
detertec. Lava-se a peça com uma escova de cerdas plásticas e macias
(como as de lavar roupa), a fim de retirar os resíduos de pasta que ainda
existam;
3. Lava-se a peça em água corrente;
4. Seca-se e inicia-se um novo polimento, agora mais detalhado com polidor
líquido próprio para o material trabalhado (Manual de Higienização e
Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM).
Em caso de metais amarelos o processo se constitui da seguinte forma:

1.
Aplica-se com algodão ou swad uma solução de água (uma medida);
amônia (uma medida); e acido oléico (duas medidas);
2.Lava-se a peça em água corrente e deixa-se secar bem (se possível
em estufa);
3. Embala-se e acondiciona-se a peça (Manual de Higienização e 3. Embala-se e acondiciona-se a peça (Manual de Higienização e
Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM).

O processo realizado em metais brancos consiste em:

1. Aplica-se com algodão ou swab uma solução de água e carbonato de
cálcio;
2. Lava-se em água corrente e deixar secar bem;
3. Embala-se e acondiciona-se a peça (Manual de Higienização e
Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM).
O processo de catalogação, acondicionamento e armazenamento das demais coleções
do acervo será descrito a seguir, após a descrição dos procedimentos técnicos para
fotografias e metais que compõem o acervo da CMEC.

5. CERÂMICA, COURO, GESSO, MADEIRA, PLÁSTICO E VIDRO
Estes materiais são higienizados com técnicas simples e eficazes. Usa-se esponja
macia embebida em detergente líquido neutro e água. No caso de recipientes de vidro pode-
se fazer o uso de escovas dentais ou escovas de mamadeira, para melhor atingir o fundo
dos mesmos. Lava-se em água corrente e seca-se a peça.

A madeira pode ser lixada com lixa d’ água A500, utilizada para acabamento, para
melhor desprender a sujidade. Então se lava a peça e seca-se bem, com o auxilio de
toalhas de algodão e também com o secador. Posteriormente passa-se o óleo mineral em
toda a peça.

6. CONCLUSÔES
O Projeto de Extensão “Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC): a arte de
salvaguardar coleções museais (Santa Maria-RS)” iniciou suas atividades em 22 de março
de 2010, na modalidade bianual. Em março de 2011, deu-se continuidade aos trabalhos
encaminhados no ano anterior, de maneira que algumas coleções possam ser liberadas
para consulta e pesquisa ao público interessado (sobretudo acadêmicos de graduação e
pós-graduação). O acervo da CMEC esteve por longos anos sem os cuidados necessários
para a preservação de suas coleções. Desde 2001, quando a então esposa de Edmundo
Cardoso, Therezinha de Jesus Pires Santos, cursou uma especialização na área de Cardoso, Therezinha de Jesus Pires Santos, cursou uma especialização na área de
museologia (UNIFRA), deu-se início à salvaguarda das coleções. Mesmo assim, de maneira
tímida, sobretudo pelos altos custos que demanda a preservação de um acervo e pela
inexistência de especialistas na casa.

Aos poucos, porém continuamente, iniciaram-se os trabalhos, primeiramente a
organização da biblioteca, com cerca de cinco mil obras de assuntos variados. Como a
demanda por pesquisa na casa sempre foi intensa, a família de Edmundo Cardoso optou
pela organização do múltiplo acervo.

O Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) vinha organizando
acervos desde 1999, primeiramente no Centro de Pesquisas Genealógicas de Nova Palma
(CPG), onde permaneceu por dez anos. Depois esteve no Centro Histórico Coronel Pillar
(CHCP), entre 2004-2009. Também organiza o acervo do Museu Histórico e Cultural das
Irmãs Franciscanas (MHIF) desde 2010. O curso mantém em sua grade curricular a
disciplina de Museologia e Ensino e como disciplina Optativa História e Patrimônio, o que
contribui para uma formação mais ampla de seus alunos, que diversificam seu campo de
ação por meio de projetos em instituições museais.

Dessa maneira, a parceria entre a Casa de Memória Edmundo Cardoso e o Curso de
História da UNIFRA forjou a organização de 200 peças de variadas coleções do acervo,
tendo armazenado no Banco de Dados da casa 400 imagens iconográficas e colocado na
Reserva Técnica (RT) cerca de 200 peças museais, devidamente higienizadas e
acondicionadas.

Assim, tem-se, neste momento, um número satisfatório de peças devidamente
salvaguardadas à luz das normas museológicas na Casa de Memória Edmundo Cardoso
(CMEC), o que possibilita também salvaguardar a memória de seu idealizador, bem como
instiga cada vez mais a procura por pesquisa na casa. A equipe que trabalha no acervo
prima, além da segurança do acervo, pelo incentivo à pesquisa e a educação. A coleção de
fotografias da CMEC logrou a realização de exposições acerca da cidade de Santa Maria e
sobre João da Silva Belém (1874-1935), memorialista da cidade.

Isso posto, conclui-se este breve texto, visualizando permanentemente a continuidade
da parceria entre as instituições mencionadas e a salvaguarda de coleções tão ricas,
variadas e que contém boa parte da História do Município de Santa Maria da Boca do
Monte.



REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS
BURKE, Peter. Testemunha Ocular. Bauru: EDUSC, 2004.

FELIPPI, Patrícia de; LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro de. Como
Tratar Coleções de Fotografias. 2ª edição. Arquivo do Estado/ Imprensa Oficial do Estado.
São Paulo, 2002.

Manual de Higienização e Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM. Rio de
Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006.

MENDES, Marylka (Org.). Conceitos e práticas. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro:
ed. UFRJ, 2001.







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CASA DE MEMÓRIA EDMUNDO CARDOSO (CMEC):
A ARTE DE SALVAGUARDAR COLEÇÕES MUSEAIS (SANTA MARIA-RS)

Marjana Feltrin Chaves
Roselâine Casanova Corrêa
(Autoras)

Resumo
As atividades do Projeto de Extensão intitulado Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC): a arte de salvaguardar coleções museais (Santa Maria-RS) iniciou em 22 de março de 2010, com reuniões entre a bolsista; a professora orientadora do projeto e as responsáveis pelo museu, senhoras Gilda May Cardoso Santos e Therezinha de Jesus Pires Santos. Está-se elaborando a documentação do acervo, baseada nas normas vigentes acerca da museologia. Foram determinadas as formas de aquisição, numeração, marcação, higienização, catalogação e acondicionamento das peças, tendo em vista que para cada tipo de objeto são feitos procedimentos distintos. Além de outras coleções, a casa dispõe de um acervo fotográfico vasto, atualmente sendo higienizado, acondicionado e armazenado no Banco de Dados, pela bolsista Marjana Feltrin Chaves. As demais coleções estão sendo tratadas pela acadêmica Antônia Dias da Costa Teixeira.

Palavras-chave: Museu. Memória. Fotografia.

Introdução
O acervo mencionado está situado na residência da família de Edmundo Cardoso, na Rua Pinheiro Machado, nº. 2712 em Santa Maria/RS (Figura 1). A execução do projeto se dá pela parceria entre a Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC) e o Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Visa à preservação da memória e a conservação do trabalho iniciado por Edmundo Cardoso (1917-2002), que ao longo de sua trajetória de agitador cultural foi jornalista, memorialista, teatrólogo e pesquisador.
As coleções do acervo são vastas e reúnem material bibliográfico, anuários, revistas, jornais, documentos antigos, recortes de jornais, relatórios, mapas, álbuns, fotografias, pinturas, filmes, vídeos e slides. Tais coleções estão sendo classificadas conforme sua tipologia, sendo elas: madeira, metal, ferro, vidro, cerâmica, tecido, couro, gesso, papel, filmes e plásticos.
A ênfase dada ao devido trabalho consiste na descrição das medidas de conservação, prevenção e manutenção dada ao acervo. Ressaltando as técnicas de higienização, acondicionamento, catalogação e armazenamento das peças, de acordo com seu gênero.

FIGURA 1- Casa de Memória Edmundo Cardoso - CMEC (2010).
Fonte: Acervo da CMEC.

Acondicionamento, catalogação e armazenamento.

Este item dedica-se a esboçar as formas de acondicionamento, catalogação e armazenamento dos objetos referentes a metais, cerâmica, couro, gesso, madeira, plástico e vidro. Portanto, os objetos são acondicionados em embalagens de TNT, que são confeccionadas por meio de uma máquina de costura, de modo a cobrir totalmente as peças. Essas embalagens são vedadas com barbante cru, para evitar o contato com o ambiente externo.
Os objetos são catalogados no Livro de Registro, que contém 100 folhas numeradas, suas folhas são rubricadas pelo responsável do registro e pela coordenadora do museu, Therezinha de Jesus Pires Santos. O registro inicia-se no reverso da 1ª. página e na página 2, ocupando toda a largura do livro quando aberto. Para a numeração do acervo, foi adotado o sistema alfa numérico, uma vez que por intermédio dele podem-se preservar duas ou mais informações: a sigla do museu, o número de registro do objeto e o seu desdobramento. Exemplo: a numeração de um açucareiro ficaria assim - CMEC001, a tampa do açucareiro seria o desdobramento e receberia o número - CMEC001. 1.
A marcação permanente desta numeração nas peças do museu deve ser feita, com algumas exceções, no próprio objeto, de preferência nas partes inferiores, no suporte, no reverso ou em etiqueta. Com o uso do lápis macio (6B), tinta nanquim ou tinta a óleo na cor preta ou branca e, posteriormente, uma camada de verniz protetor transparente, para maior duração da marca. Isso tudo, claro, depende da composição e do tipo do objeto a ser preparado para compor a Reserva Técnica da CMEC, de forma segura e dentro das delimitações museológicas específicas. Como este processo ainda está no início, optou-se por primeiramente fazer-se uma marcação provisória, com lápis 6B, em etiquetas de joalheiro, contendo uma etiqueta dentro da embalagem e a outra preza no barbante. Até o momento foram acondicionadas 200 peças.
Os objetos, após passarem pelo processo de higienização, acondicionamento e catalogação, são devidamente armazenados na Reserva Técnica. Orienta-se para que a RT seja constantemente inspecionada, de maneira a garantir o bom estado das peças. Isso porque os ambientes museais também são vulneráveis a ações do tempo (umidade, mudanças bruscas de temperatura), de sujidades e de insetos. Principalmente acerca da ação dos insetos, há que se terem cuidados especiais, pois,

[...] podem ser problemáticos para os acervos, entre eles os besouros, mariposas, cupins, baratas e traças. Alguns voam, outros rastejam, e eles têm ciclos de vida diferentes e são de espécies e tamanhos diferentes (MENDES, 2001, p. 15).

Existem medidas profiláticas, que coíbem a infestação de insetos na Reserva Técnica (Figura 2), sendo uma delas a colocação de pequenos sacos de TNT contendo folhas de cânfora (que exala um forte cheiro, ao qual os insetos são sensíveis) em granulado em seu interior, impedindo assim, que os insetos se aproximem.

Figura 2 - Reserva Técnica (2010).
Fonte: Acervo da CMEC.
Fotografias

O acervo consta de aproximadamente cinco mil fotografias, com temáticas amplas, que em sua maioria exprimem a história de Santa Maria. São de suma importância para a pesquisa acerca do município de Santa Maria e região. Serve igualmente para uma maior compreensão e entendimento diversos assuntos, como religiosidade, política, economia, vida cultural e expressões artísticas. Quanto às imagens fotográficas, segundo Burke (2004, p. 236-238) o testemunho das imagens necessita ser colocado no ‘contexto’, ou melhor, em uma série de contextos no plural cabendo ao historiador e ¬aos pesquisadores e da CMEC passam por processos de intervenção, tais como a classificação das mesmas pela temática a qual estão inseridas (conforme citado anteriormente). Após essa previa separação, as imagens são higienizadas. Tal higienização consiste na limpeza química e/ou mecânica, variando de acordo com as especificidades e condições que o material se encontra.

A limpeza mecânica consiste na remoção das sujeiras superficiais tanto da base quanto da emulsão. Neste caso, utilizam-se pincéis macios para não provocar abrasões nas superfícies ou pó de borracha. A limpeza química é feita para a remoção de resíduos de colas, fitas adesivas, etiquetas, tintas, grampos, clipes, excrementos de insetos e outros tipos de substâncias alheias à superfície original da imagem (FELLIPI, 2002, p. 97).

Na limpeza química, usa-se frequentemente a cola metil celulose para a remoção dos ‘corpos estranhos’ contidos na fotografia.
Ao término da higienização, são confeccionados envelopes de pH neutro, comportando a dimensão total da imagem, que varia entre 30x24cm até 5x4cm. Estes envelopes são produzidos manualmente, com uma superfície emborrachada especializada ao corte, que é realizado com uso de estilete e uma régua própria em metal. É importante ressaltar que estes envelopes cobrem totalmente a imagem, para que não ocasione o contato delas com agentes externos, que podem vir a deteriorá-las.
Já a identificação da imagem é realizada de forma superficial, apenas com o título da imagem, escrito com lápis 6B na parte frontal superior esquerda do envelope. E são armazenadas em caixa de pH neutro e postas no armário de aço contra incêndio, para maior proteção.
Após o termino dos processos devidos, parte-se para o Banco de Dados. Nele são depositadas todas as fotografias e inseridas as seguintes informações: número (escrito com lápis 6B na parte frontal inferior direita do envelope, que serve para facilitar o acesso); código de referência (BR CMEC AF 01, ou seja: Brasil, Casa de Memória Edmundo Cardoso, Acervo Fotográfico, número); título; autor; classificação; dimensão; coleção; espécie documental; assunto; suporte; data; cromia; data imprecisa; características físicas; local retratado; procedência; pessoas; acondicionamento; eventos; publicação; prédio; original/negativo; existência e localização da original/negativo e cópias; descrição; hiperlink e imagem.
Esse dispositivo facilita a pesquisa, a conservação e a durabilidade das fotos, pois as mesmas também são escaneadas, não havendo a necessidade de contato com as fotos originais. Já foram devidamente armazenadas no Banco de Dados 400 fotografias, divididas por temas diversos.






Metais

O acervo abarca peças em diferentes tipos de metais, tais como: ferro, cobre, prata, bronze, aço, alumínio. Na maioria das vezes, estes objetos são lavados, secados com secador e passa-se após um óleo mineral. Os metais distinguem-se em brancos e dourados e, a cada um cabe à devida solução química no ato da higienização.
No caso de armas, como por exemplo, a espada, procede-se da seguinte maneira, quanto à higienização:
Limpeza da lâmina:

1. Dá-se o acabamento com lixa d´água;
2. Retiram-se os resíduos de ferrugem;
3. Aplica-se óleo mineral.

Limpeza pesada do punho

1. Com o auxilio de uma flanela, estopa ou escova dental, fricciona-se a pasta de polir branca para remover o excesso de oxidação da peça;
2. Faz-se uma solução de 1/10 de água e detergente concentrado neutro tipo detertec. Lava-se a peça com uma escova de cerdas plásticas e macias (como as de lavar roupa), a fim de retirar os resíduos de pasta que ainda existam;
3. Lava-se a peça em água corrente;
4. Seca-se e inicia-se um novo polimento, agora mais detalhado com polidor líquido próprio para o material trabalhado (Manual de Higienização e Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM).

Em caso de metais amarelos o processo se constitui da seguinte forma:

1. Aplica-se com algodão ou swad uma solução de água (uma medida); amônia (uma medida); e acido oléico (duas medidas);
2. Lava-se a peça em água corrente e deixa-se secar bem (se possível em estufa);
3. Embala-se e acondiciona-se a peça (Manual de Higienização e Acondicionamento do A¬¬cervo Museológico do SDM).

O processo realizado em metais brancos consiste em:

1. Aplica-se com algodão ou swab uma solução de água e carbonato de cálcio;
2. Lava-se em água corrente e deixar secar bem;
3. Embala-se e acondiciona-se a peça (Manual de Higienização e Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM).
O processo de catalogação, acondicionamento e armazenamento das demais coleções do acervo será descrito a seguir, após a descrição dos procedimentos técnicos para fotografias e metais que compõem o acervo da CMEC.

Cerâmica, couro, gesso, madeira, plástico e vidro

Estes materiais são higienizados com técnicas simples e eficazes. Usa-se esponja macia embebida em detergente líquido neutro e água. No caso de recipientes de vidro pode-se fazer o uso de escovas dentais ou escovas de mamadeira, para melhor atingir o fundo dos mesmos. Lava-se em água corrente e seca-se a peça.
A madeira pode ser lixada com lixa d’ água A500, utilizada para acabamento, para melhor desprender a sujidade. Então se lava a peça e seca-se bem, com o auxilio de toalhas de algodão e também com o secador. Posteriormente passa-se o óleo mineral em toda a peça.

Algumas Considerações Finais

O Projeto de Extensão “Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC): a arte de salvaguardar coleções museais (Santa Maria-RS)” iniciou suas atividades em 22 de março de 2010, na modalidade bianual. Em março de 2011, deu-se continuidade aos trabalhos encaminhados no ano anterior, de maneira que algumas coleções possam ser liberadas para consulta e pesquisa ao público interessado (sobretudo acadêmicos de graduação e pós-graduação). O acervo da CMEC esteve por longos anos sem os cuidados necessários para a preservação de suas coleções. Desde 2001, quando a então esposa de Edmundo Cardoso, Therezinha de Jesus Pires Santos, cursou uma especialização na área de museologia (UNIFRA), deu-se início à salvaguarda das coleções. Mesmo assim, de maneira tímida, sobretudo pelos altos custos que demanda a preservação de um acervo e pela inexistência de especialistas na casa.
Aos poucos, porém continuamente, iniciaram-se os trabalhos, primeiramente a organização da biblioteca (Figura 3), com cerca de cinco mil obras de assuntos variados. Como a demanda por pesquisa na casa sempre foi intensa, a família de Edmundo Cardoso optou pela organização do múltiplo acervo.
O Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) vinha organizando acervos desde 1999, primeiramente no Centro de Pesquisas Genealógicas de Nova Palma (CPG), onde permaneceu por dez anos. Depois esteve no Centro Histórico Coronel Pillar (CHCP), entre 2004-2009. Também organiza o acervo do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas (MHIF) desde 2010. O curso mantém em sua grade curricular a disciplina de Museologia e Ensino e como disciplina Optativa História e Patrimônio, o que contribui para uma formação mais ampla de seus alunos, que diversificam seu campo de ação por meio de projetos em instituições museais.
Dessa maneira, a parceria entre a Casa de Memória Edmundo Cardoso e o Curso de História da UNIFRA forjou a organização de 200 peças de variadas coleções do acervo, tendo armazenado no Banco de Dados da casa 400 imagens iconográficas e colocado na Reserva Técnica (RT) cerca de 200 peças museais, devidamente higienizadas e acondicionadas.
Assim, tem-se, neste momento, um número satisfatório de peças devidamente salvaguardadas à luz das normas museológicas na Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC), o que possibilita também salvaguardar a memória de seu idealizador, bem como instiga cada vez mais a procura por pesquisa na casa. A equipe que trabalha no acervo prima, além da segurança do acervo, pelo incentivo à pesquisa e a educação. A coleção de fotografias da CMEC logrou a realização de exposições acerca da cidade de Santa Maria e sobre João da Silva Belém (1874-1935), memorialista da cidade.
Isso posto, conclui-se este breve texto, visualizando permanentemente a continuidade da parceria entre as instituições mencionadas e a salvaguarda de coleções tão ricas, variadas e que contém boa parte da História do Município de Santa Maria da Boca do Monte.

Figura 3 – Biblioteca da CMEC (2010).
Fonte: Acervo da CMEC.
Referências

BURKE, Peter. Testemunha Ocular. Bauru: EDUSC, 2004.
FELIPPI, Patrícia de; LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro de. Como Tratar Coleções de Fotografias. 2ª edição. Arquivo do Estado/ Imprensa Oficial do Estado. São Paulo, 2002.
Manual de Higienização e Acondicionamento do Acervo Museológico do SDM. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006.
MENDES, Marylka (Org.). Conceitos e práticas. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: ed. UFRJ, 2001.